terça-feira, 27 de julho de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Quem és?
Por
J.
Olho para ti diariamente
mas sou incapaz de te identificar.
"Onde andas?", questiono-me imediatamente,
procurando resposta
para uma retórica inatingível.
Não tens um rosto reconhecível,
és apenas um vulto transparente
com quem me cruzo diariamente.
Eu, ele, ela, todos te sentem,
todos te procuram,
todos te querem encontrar,
mas tu escondes-te,
não revelando nenhum dos teus segredos.
No entanto,
conheço-te melhor que imaginas.
Quando estás bem disposto
és um simples calmante
para o preenchido dia.
Chateado? Não gosto do teu estado de espírito
tempestuoso,
chegas a ser incomodativo e quiçá irritante.
Mesmo assim,
com todos os teus defeitos e feitios,
és um bom companheiro,
acompanhas a mais vazia das almas
nos seus momentos de caminhada sem rumo.
Já sei quem és,
és o Vento,
o melhor amigo imaginário.
Soulless Crime
Por
J.
Premeditated,
It was a crime without soul,
A soulless body left to rot
in a putrid swamp
Limbs spread everywhere,
his impaled head with the eyes
ripped off
Roting smell coming from the corpse,
the crows passing by
with their wings spread
as angels nightmares,
with lightnings to illuminate
the target
Half-eaten eye balls,
yellow teeth with a perfect grind,
smiling with pleasure,
loving to be dead
The wind blows strong,
as leaves fly over his tied legs,
crushed to the bone marrow.
The murder weapon,
an axe,
filled with
blood,
pestilence and
tiny bits of flesh.
... Years pass by....
And all that remains
is a simple skeleton,
waiting to be puzzled out.
domingo, 18 de julho de 2010
Sonho
Por
J.
Despertador toca,
acordo de rompante
mas fico no meu local de repouso.
O calor trespassa a persiana,
dando um ar de sua graça,
um prazer matinal incontestável.
Penso na noite inacreditável que vivi,
nos sonhos que passaram pela minha cabeça
enquanto descansava o corpo.
Preparo a alma para mais um dia preenchido,
mentalizo o corpo para se cansar
mais um pouco.
Subitamente,
o desenrolar de acontecimentos
deixa-me cabisbaixo.
Apercebo-me que hoje é domingo,
e que o longo dia só começa
numa tarde que deverá revelar solarenga.
Volto para a cama,
protesto com o despertador por ter tocado,
apesar de saber que a culpa é unicamente minha.
Fecho os olhos,
começo a pensar no bom que há na existência,
dou um último suspiro e adormeço.
Estou vivo,
Estou presente,
Estou a sonhar.
sábado, 17 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Dois momentos?
Por
J.
Ressurgir de um local díspar,
procurando de novo
as sensações
de poder insignificante,
descobrindo novos mandamentos
não mencionados
na tábua rasa do moral.
Pretendo sentir, procurar,
viver de tudo um pouco,
saudar com vilipêndio
a voz do destino e
reencontrar a força astral
que me deixe continuar na caminhada.
Explorar sempre um pouco mais
das entranhas do conhecimento,
nem que para isso tenha de dissecar
toda a matéria que
compõe esta pedra degradada.
Acordo deste pesadelo afável
quando vejo o sangue escorrer pelas paredes
das minhas entranhas
Não se restringiu ao seu local
de navegação, não teve medo de enfrentar
as barreiras do desconhecido,
flui agora livremente,
coagulando pouco depois
num conspurcado soalho de madeira,
querendo encontrar uma saída
"Eu ajudo-te", palavras proferidas por mim,
"vai para ali", aponto-lhe o caminho para a liberdade,
"chegou a tua hora", vendo os resquícios
da sua existência partindo em paz,
rumo ao novo conhecido,
previamente desconhecido.
Não consigo dissecar mais,
acordo de um pesado momento
noutro momento, um dois em um na altura
de descansar o corpo.
A alma? Encontra-se a vaguear,
longe do hospedeiro que por vezes
se lembra de lhe dar um lar,
pensando em novos mandamentos
pela qual se reger.
procurando de novo
as sensações
de poder insignificante,
descobrindo novos mandamentos
não mencionados
na tábua rasa do moral.
Pretendo sentir, procurar,
viver de tudo um pouco,
saudar com vilipêndio
a voz do destino e
reencontrar a força astral
que me deixe continuar na caminhada.
Explorar sempre um pouco mais
das entranhas do conhecimento,
nem que para isso tenha de dissecar
toda a matéria que
compõe esta pedra degradada.
Acordo deste pesadelo afável
quando vejo o sangue escorrer pelas paredes
das minhas entranhas
Não se restringiu ao seu local
de navegação, não teve medo de enfrentar
as barreiras do desconhecido,
flui agora livremente,
coagulando pouco depois
num conspurcado soalho de madeira,
querendo encontrar uma saída
"Eu ajudo-te", palavras proferidas por mim,
"vai para ali", aponto-lhe o caminho para a liberdade,
"chegou a tua hora", vendo os resquícios
da sua existência partindo em paz,
rumo ao novo conhecido,
previamente desconhecido.
Não consigo dissecar mais,
acordo de um pesado momento
noutro momento, um dois em um na altura
de descansar o corpo.
A alma? Encontra-se a vaguear,
longe do hospedeiro que por vezes
se lembra de lhe dar um lar,
pensando em novos mandamentos
pela qual se reger.
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