Grito!
Das profundezas de um poço isolado,
Remotamente colocado
Nas entrelinhas de duas serpentes
Que ziguezagueiam como correntes,
Deixadas ao acaso no mais inóspito
Dos locais.
Começo a perder as forças,
O corpo começa a dar de si,
Ainda que a mente tenha imensa força para lutar.
A batalha para respirar começa,
Tento encontrar um ritmo de mãos e pés
Para não submergir e ficar à mercê de um destino
Injusto.
Todos os desajeitados movimentos,
Marcados por uma arritmia associada
A inconstante batimento cardíaco,
Fazem a forte mente aceitar o seu inevitável destino.
Num último esforço,
Respiro com o que resta da minha força anímica
E deixo simplesmente a natureza tomar conta da ocorrência.
Expiro todo o ar que se encontra dentro de mim,
Começo o processo de me afundar para um local onde os sonhos
Se encontram com a realidade.
Perco os sentidos, acordo numa outra realidade,
No mesmo sítio, sempre perdido, sempre disposto a lutar.
Repito toda esta panóplia de acções
Para chegar à conclusão que tudo é um ciclo vicioso,
Tudo se repete vezes sem conta,
Da mesma forma,
Da mesma maneira,
Mudando apenas algumas letras de um extenso livro.
Adoro, mas falta-lhe um pouco de musicalidade! Mas amei cada linha!
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