quinta-feira, 17 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Breve vislumbre

Na escuridão vagueava
Desde longos tempos;
Cego pela falta de iluminação,
Em vão procurava
Doces novos ventos.

Horas e horas,
Milhares delas passaram
Sem que um resquício de luz
Iluminasse a minha agora
pálida pele.

A melodia dos voadores
Passava pelas paredes
Que me confinavam.

Subitamente,
Eis que aparece um pequeno
Raio de luz, uma falha
No muro que me separa
Abriu-se,
Deixou passar uma visão de esplendor.

Apreciei,
Fiquei sem palavras
Para tal visão doutro Mundo;
Ganhei novo calor
E alguma cor,
Procurei conjugar frases
Sem saber pronunciar
Os mais simples vocábulos.

Quando tudo parecia um sonho,
Uma realidade prestes a consumar-se,
A observação termina
E dou por mim de novo no escuro,
Procurando incessantemente
Por esse momento perdido,
Que nunca mais experimentarei.