quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Jornada ao Fim

Um palmo de alcance
Precede a minha visão do passado,
Denso nevoeiro esconde
Um futuro que tento não prever,
Não planear.

Escurece a passagem,
Sombra esquecida desaparece
Nas entrelinhas do destino
Amargurado,
Pendurado numa parede
Decadente sem sustento.

Jornada ao fim do fim,
Grito plenos pulmões
Na vaga esperança
De sons serem ouvidos e decifrados.

Som desumano povoa o ar
Em meu redor.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Eterno Apeadeiro

Olho para cima
E procuro uma pequena luz,
Um simples sinal de tão singela
Existência;
Nuvens toldam-me o julgamento.

Visito-me, incessantemente;
Tento encontrar explicação
Para a negação não me ser possível.

Sou um eterno apeadeiro,
Desactivado pelo tempo,
Abandonado;
A única carruagem que passou e parou,
Fê-lo por um momento,
Nem permitiu sentir o seu aconchego.

À janela vi um vulto
Olhando sorridente,
Acompanhado de nostalgia
Mas desejoso do amanhã;
Ela desaparece no nevoeiro
E deixa-me nesta viagem estática.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Breve vislumbre

Na escuridão vagueava
Desde longos tempos;
Cego pela falta de iluminação,
Em vão procurava
Doces novos ventos.

Horas e horas,
Milhares delas passaram
Sem que um resquício de luz
Iluminasse a minha agora
pálida pele.

A melodia dos voadores
Passava pelas paredes
Que me confinavam.

Subitamente,
Eis que aparece um pequeno
Raio de luz, uma falha
No muro que me separa
Abriu-se,
Deixou passar uma visão de esplendor.

Apreciei,
Fiquei sem palavras
Para tal visão doutro Mundo;
Ganhei novo calor
E alguma cor,
Procurei conjugar frases
Sem saber pronunciar
Os mais simples vocábulos.

Quando tudo parecia um sonho,
Uma realidade prestes a consumar-se,
A observação termina
E dou por mim de novo no escuro,
Procurando incessantemente
Por esse momento perdido,
Que nunca mais experimentarei.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Como gostava de...

Como gostava de sentir,
Viver a dor
E correr,
Partir e esquecer
Sem pensar em perder.

Como gostava de sentir
A dor
No Eu físico,
Morrer e renascer
Lembrando o psicológico.

Voar,
Um sonho, uma realidade
Fictícia,
Ser e apenas Ser
Um momento,
Nunca uma lembrança.

Ser apagado da existência,
Não proporcionar mais que uma
Leveza breve aqueles que digo
Conhecer.

Como gostava de olhar,
Observar o outro lado do espelho
E entrar no subconsciente
De uma personagem que criei,
Uma visão que criei,
Uma realidade que criei,
Uma realidade que desejei.

Como gostava de olhar,
Observar este lado do espelho
E ver-me na terceira pessoa,
A personagem que mostro.

Nostalgia

Alta velocidade,
Viajo sozinho nesta fria noite.

Tons monocromáticos
Destacam-se nesta triste e desoladora
Paisagem.

Onde foste Primavera?

A viagem está no seu estado embrionário
E uma eternidade parece ter passado,
Tal é a redundância
No pano de fundo.

Paragem.
Arranque.

Suave,
Apesar do leve vaguear do estômago,
Que quer ficar especado no local
Previamente ocupado.

A monotonia é quebrada
Por pequenas nuances,
O débil terreno retira-me
Equilíbrio.

Tudo é nostálgico,
Tudo remete à mesma face.

domingo, 23 de outubro de 2011

Sem título (III)

Nuvens cobrem uma pobre Lua
Que fracamente ilumina o céu
Nocturno.

Dor, pesar,
Num momento, num segundo
Perde-se a cumplicidade, amizade,
Uma vida numa vida,
Procura-se uma verdade.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Vampiro

Vampiro,
Tu que te escondes nas sombras
E enganas o pobre ignorante
Que passeia,
Inocente,
Crendo numa liberdade alegórica.

Vampiro,
Como tantos podem cair de novo
Na tua armadilha mortal?

Entre corte e corte o sangue jorra,

Hemorragias sem fim
E sem previsão
Destroem um futuro
Que se prevê inexistente.

Quase seco,
O corpo é deixado às mãos de abutres
Sedentos de carne putrefacta,
Seca após décadas
De consumo em lume brando.

Vampiro,
Enganarás de novo o pobre ignorante
Que passeia,
Inocente,
Procurando nova liberdade alegórica?

Vampiro,
Entregá-lo-ás de novo
A abutres cantantes?

domingo, 16 de outubro de 2011

Cradle Of Filth - Nymphetamine Fix


"Cold was my soul
Untold was the pain
I faced when you left me
A rose in the rain....
So I swore to the razor
That never, enchained
Would your dark nails of faith
Be pushed through my veins again

Bared on your tomb

I'm a prayer for your loneliness
And would you ever soon
Come above unto me?
For once upon a time
From the binds of your lowliness
I could always find
The right slot for your sacred key..."

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sombras


Está uma sombra atrás de mim
Copiando cada passo que dou,
Será que procura o mínimo deslize
Para endereçar o ataque?

Quero sair,
Não quero proceder o caminho;
Porque não posso dormir
Para sempre
A ter de enfrentar a sombra?

Não confio em ti,
Deixa-me,
Desaparece!

Não confio em ti,
Porque não me deixas dormir?
Não quero estar sóbrio,
Não quero sentir a dor,
Quero apenas dormir,
Sentir o peso nos olhos
E fecha-los calmamente,
Sem ressentimento.

Que momento precioso,
Quero estar aqui, agora,
Esperar um segundo sem cair
Na realidade,
Sem ver o Mundo a cores,
Percebê-lo.

Porque não posso escolher
Ser livre?
Porque não se apaga a chama?

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

When darkness calls


Into the world of the unknown,
Where your imagination
Starts to crumble
And the mind plays every trick;
An old painting rests
Where once stood a brick wall,
It's deep eyes
Desperately try to cleanse
The soul of those who look,
Terrified.

The trumpets sound
As the final call echoes
This old castle;
Where will you be
When darkness calls?

At the distance
One spots a glimpse of hope,
As the chariot descends
From the skies;
Passing by, missing our souls,
We lose every bit of hope
That still resided in our grey hearts,
And start to hope that the wrath
Spares us from this inevitable faith.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Fantasmas do Vazio


Sente...
No momento que passa
Encontra o local exacto,
Medita...

Passa devagar
Este segundo;
Arrasta-se, vagaroso,
Na busca de algo perdido,
Esquecido.

No fecho da cortina
Observa-se o nada,
A terminação
Da continuação
De uma esfera infinita.

Um segundo passou,
E no caminho do segundo acto
Continua lento
O actual,
Continua o olhar
Para o inexistente.

Distingue
Céu de Inferno,
Digere este segundo segundo
Como se o primeiro se tratasse.

Na distância,
Procura os Fantasmas do Vazio,
Eles por lá andam.

sábado, 8 de outubro de 2011

Sea of Sorrow


Darkness,
Stone cold ice
Burns through skin
As i remember the past,
A cold dark place.

I remember those happy times,
When making a smile
Wasn't painful,
As painful as a knife to the stomach.

I remember when listening to the piano
Gave my heart a warm feeling,
It didn't echo through it's missing
Existence.

The volume swells
Of a forgotten memory echo
Between the walls of thought,
As i battle the past,
A cold dark memory.

Darkness,
When will the fire and rimstone
Rise to this world,
Simply to put an end on this pain?

I listen to the piano
As tears crawl on my face,
Falling to the floor,
Creating ice blocks
Around my feet,
My bare feet.

A sea of sorrow invades my heart
As i look for a place to hide,
Just one place to die.


Música: Dimmu Borgir - Sorgens Kammer
Poema: Jimmy

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Descending Angels


"Torn from the heavens
they fall from the sky
and walk the streets among
mortal men
they hide in shadows
keepers of the night
mortal life is weak
can't hold back the demons
the blood pours as rain
and soon you'll be alone.

descending angel

stand by my side
we'll face the night
descending angel
who guard the gates of hell
just one more night
for in the morning
will bring the light.."

sábado, 1 de outubro de 2011

Listening to voices

At the throne of judgement i stand,
Waiting for your smile
In a bright full sunrise.

A dying wish
In a dawn of ages
Passes by,
As a snake fullfills it's destiny
And watches me from the distance.

Everyday i try to listen
To my inner silence,
But the sound of thunder
Overcomes the hope
I need.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Eterna Queda

Não consigo sentir;
Caminho em direcção à obscuridade;
Caindo mais fundo,
O vento bate-me na cara,
Sinto a liberdade cada vez mais perto,
Um desafogo mundano,
Um refugio no momento.

O mais profundo amor dissolve-se
Diante meus olhos,
E sem que nada ampare minh'alma
Peço redenção ao corpo.

Nada quero,
Por nada vivo,
Afogo-me nesta eterna queda
Rectilínea
Sem saber quando o fundo
Encontrarei.

Diante meus olhos
O mais profundo amor dissolve-se;
Uma teia enreda-me cada vez mais
Enquanto caiu cada vez mais depressa
No medo.

Clamo por ajuda,
Mas a resposta provém do eco
Incessante da minha voz dissonante;
Clamo por sentir paz,
Desta vez sem nada obter;
Grito!
Agora nem o eco responde,
Afugentei-o,
À semelhança de outro ser
Incompreendido;
Apenas me resta esperar pelo fundo,
Pela resposta,
Pelo eco.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Carta para Eu

Olá Eu,
Sempre perdido,
Disfuncional,
Procuras perder sem derrota
Uma vitória sempre fácil.

Só Tu
Consegues deturpar
A realidade fina e pura
De um grão de Luar
Numa noite coberta.

Só Tu
Pretendes alcançar o inatingível,
Mover o inamovível
E criar o impossível,
Assumindo responsabilidade
Pelos erros e misconcepções
De outrém.

Oh Eu,
Porque não consegues viver em desafogo
Sem morosidade,
Os demais fazem-no,
Devias tentar!
O refugio no subterfúgio
É algo atractivo!

Porquê Eu?
Porque te escondes
Numa casa
Que nem Tu pareces entender?

A estática do observador

Ao parapeito da janela
Observo a estática,
Corpos imutáveis
Permanecem na sua original posição,
Ignorando a melodia
Triste que emana
Da janela metafórica.

Tentam sentir algo
Que não compreendem,
Irracionais pedaços de matéria
Inorgânica
Olham directamente
Para um brilho ofuscante
De um céu verde,
Brilhante,

O piano lança acordes,
Sem piedade
Para com as almas perdidas
Nas folhas caídas
De um Outono que agora começa,
Negro.

De mão dada com o destino,
Projecção de sombra na sombra
De uma árvore
Perscruta o infinito,
Procura a razão de paradigmas sem sentido,
Frases soltas
Que marcam
O decaimento
Da Humanidade.

No fundo do tempo
Encontra-se a origem da razão,
Essa que se esconde
Como aquela criança que relembro feliz
Na sua ingenuidade.

Debaixo da mesma árvore,
Olhando para a mesma sombra,
Um tu que questiona o motivo
De tal ocorrência
Recebe resposta infantil
Sem se aperceber da futura
Hipotética
Falência
Do racional.

Já é noite,
O tempo voou;
Negro,
O Outono que agora começa.

domingo, 11 de setembro de 2011

Cortex sintetizado

Leio nas entrelinhas
Um desespero continuado,
A palavra errada
Dita inocentemente
Deixa cicatrizes duradouras.

Na introspecção do agora
Relembro o passado,
Como se dia feliz
Fosse revivido
Neste preciso momento.

Como posso dizer adeus
Se o agora dói
E já preconiza
Esse fatídico momento?

Deparo-me com um muro de pedra
No meu cortex sintetizado,
Uma barreira instransponível
Para a resposta irracional.

Como imaginar o agora
Se o amanhã não melhorará
E se o passado se revelou inseguro?

Uma densa camada
De água vaporizada
Tolda-me o julgamento,
Remete-me à despedida
Que tanto quero esquecer,
Quiçá evitar!

Beauty of a Beast

Is it time
For one last goodbye?

The splendorous beauty of a beast
I created
May haunt me
For the rest of my life,
Murdering every molecule
From every neurone i possess.

Where can i find balance?

The pejorative sensation
Of impending doom
Strikes at every second,
Filling thoughts and pages.

Nonsense of ideas,
I find myself redundant when confronted
With duality.

The book has too many pages
For the age it demonstrates,
How can some story be erased?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Como dizer Adeus?


E numa noite de Inverno
Requentado,
Café melodioso
Trás memória de dor,
Incompreensão.

Ser livre de toda a mágoa
Neste gélido local,
Ser livre de todo o trabalho
De suportar os alicerces de
Racionalização contínua.

Tentativa
Erro,
Talvez não queira ir
Naquela sempre última despedida,
Curta como música épica
Cortada pela metade.

Como dizer Adeus?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Saudade

A saudade.

O seu fantasma
Visita-a todas as noites,
Por entre um nevoeiro
Espesso, triste.

O desespero de uma palavra
Mal amada,
Procura letra que descreva
A falta que faz apenas um acento.

Saída de cena,
Desespera por um exercício respiratório
Perto da sua presença.

Onde te podes reencontrar com tal vulto?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Toque de artista

O capital erro
De racionalização proibida,
Vislumbre do sonho
Inacessível ao comum mortal.

Lunático no seu desejo,
O artista procura,
Não o reconhecimento,
Mas a concretização do pico máximo
Da sua profunda humanidade.

Não passível de concretizar,
Inferem aqueles que se rebaixam
À mediania
E vivem como robots, perdidos
Num mundo sem destaques,
Apenas momentos.

Onde está o papel,
A tinta,
A letra?

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nightingale - Alonely


I'm all alone
Waiting for no one
I see the daylight fade away

I'm so afraid
I know you're around me
I hear you crying in the wind

If I could bring you back
If I had the power, I'd give you my world
And my life, you'd have it all
But life is not a game
And I know the rules and I know I must follow
them every single day

I feel that I'm loosing it all
There's nothing left to live for
I'm ending it all in my dreams
It always seems so easy in my sleep

I'm all alone
Waiting for darkness
I wish the sun would slip away

I still believe that you didn't leave me
I see your shadow in the haze

If I could have some peace
Ending the nightmare, closing the chapter
And join you in your sleep
But life is not a game
And I know the rules and I know I must follow
them every single day

I feel that I'm loosing it all
There's nothing left to live for
I'm ending it all in my dreams
And deep inside I knew

That there was one part of me
That tried to save you from yourself
The other let you go and I will
Never deny I was walking on the line of
Here and nevermore in selfish pride

quarta-feira, 27 de julho de 2011

J.

Uma sombra
Percorre o percurso feito,
Procura o erro,
Prepara o ataque
Como uma cascavel
Que descansa debaixo
De uma pedra descansada.

O Sol desce,
Esconde-se atrás de uma duna
Sorridente,
Que não compreende o perigo
Que espreita.

Assassínio,
O caminho a seguir?
Um mentiroso sem valor,
Um imbecil
Em quem não confiam,
O centro do nada
Em que o nada se remete,
Confia e enreda-te,
Foge sem pensar.

Um renegado,
A mordida fatal é desferida
Com poder indescritível.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

terça-feira, 5 de julho de 2011

Notas Soltas - Porquê?

Sinto a retórica de um "porquê" desajeitado, questões fluem sem que para elas encontre resposta. Pequenas gotas de água tocam na pele sem que as sinta incomodar, e é bom sentir o seu tacto fresco e o aroma que levantam nas ruas de uma cidade cinzenta. As horas passaram sem que conseguisse parar por um segundo, ficando preso a uma inconstante cósmica que se revela mais irritante que a gravidade que me prende neste Mundo. Será assim tão complicado divagar?
O término não é mais sensato que o começo, logo de manhã acordarei com o mesmo pensamento no cérebro, a mesma estática que me impele a lançar palavras, nunca as lançando. Que triste apanágio! Porque viajo sozinho, no meio dum silêncio demasiado melancólico?


Simon & Garfunkel, The Sound of Silence

sexta-feira, 1 de julho de 2011

domingo, 19 de junho de 2011

Felicidade, mera trivialidade

Contam-se pelos dedos
Os dedos de uma ceia
Invisível,
Inverosímil
Dialecto partilhado
Por tempestade sensorial,
Num momento de melancolia
Estancável por semelhança
Entre dois corpos de forma
Imiscível.

A longa contenda entre lógico
E instintivo
É relação de inimizade,
Afasta crença na equalização.

Sente-se a obrigatoriedade
Da aviltação própria,
Menoscabo que olha com desdém
O amigo do lado,
Sempre paciente perante a impaciência
Depressiva
De tal homem imperfeito,
Pretendendo ser perfeito.

A nostalgia invade
Vetusto cérebro em corpo jovem,
O escopo é visível
Mas inatingível
Por comum mortal cansado
Mentalmente,
Procastinando-o indefinidamente.

Arguto comportamento
Enreda capciosamente,
Sem escrúpulos,
Inocente causa
Que procura mera felicidade,
Essa trivialidade.

Nesta noite

Nunca esquecerei
Gritos mudos de uma noite atípica,
Onde puderás estar?

Simples seca lágrima,
O barulho de uma voz entorpecida
Pediu para aguardar um pouco mais,
Apenas uns segundos mais.

Pedido em vão,
Último desejo não concretizado
Antecedeu partida à muito prevista.

Os gritos acentuam-se;
Apesar de já não haver horizonte
Procuro incessantemente
Pela minha vida,
Nesta noite.

Pragmatismo de um Momento Esquecido

Onde está o fogo, famoso calor
Que preenche vazia vida;
O pragmatismo de um momento esquecido,
Desejo de tal façanha.

Solvência de um dia
Num outro, falso acontecimento
Que residirá apenas
Na memória, invisível.

Tolda-se decisão por atracção
Cristalina como água,
Fonte seca reina num marasmo de
Paixão obsoleta,
Que injustamente viverá no passado.

sábado, 18 de junho de 2011

Last Kiss



Where, oh where, can my baby be? the lord took her away from Me.
shes gone to heaven, so I've got to be good.
so I can see my baby when i Leave this world.

We were out on a date in my daddys car.
we hadnt driven very far.
there in The road, straight ahead.
a car was stalled, the engine was dead.

I couldnt stop, so I swerved to the right.
I'll never forget the sound that Night.
the screamin tires, the bustin glass.
the painful scream that I heard Last.

Oh where, oh where, can my baby be?
the lord took her away from me.
shes gone To heaven, so I've got to be good.
so I can see my baby when I leave this world.

When I woke up the rain was pourin down.
there were people standin all around.
Something warm flowing through my eyes.
but somehow I found my baby that night.
I lifted her head, she looked at me and said.
hold me darling, just a little While.
I held her close, I kissed her our last kiss.
I found the love that i Knew I had missed.

Well now shes gone. even though I hold her tight.
I lost my love, my life, That night.

Oh where, oh where, can my baby be?
the lord took her away from me.
shes gone to heaven, so Ive got to be good.
so I can see my baby when I leave this World.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Senseless melodies

The silent enclosure of a shadow,
Bent around these bumps
That thou call life;
How can thy innocence be corroded
By murdering stones from oblivion?

One more day in the life of nobody,
Feelings of emptiness invade the senseless,
Unhearted melodies invade a miserable
Blood stain, a stain inside a stain,
Thy real pain.

Hollow like a windless winter,
Sustained notes from a piano
Echo inside a sphere, calling for their master.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sem vida

Falsa conjectura,
Quase vilipêndio misericordioso
Esbatido numa crista
De luz branca,
Divergida.

Frio abraço a composto de metal,
Sente-se o frio que emana
Da incoerência das palavras;
Dói de tanto sentir o esconder
Da vontade.

A fragilidade de duas lindas garras
Em redor de corpo quase senil,
Sugando a vida de metade bipolar,
Discreta.

Onda de choque invade futuro cadáver,
O defunto ainda vivo compartilha
Singelo momento na inocência própria
De quem arde por amor,
Sente-se a chama.

A luta intensa do frio/quente
Cria tempestades,
Indiferença é atraída para
Uma indiferença falsamente desmentida.

Clarão, partida na partida;
Não há mais energia.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Pasta de papel

Tabuleiro sem peças,
Incompleto.

Tombo qual castelo de cartas,
Procurando aquele retalho de puzzle
Em defeito.

Estrada sem saída,
Ficaste com o mapa
Que indicaria o caminho
Para aquele às de espadas
Escondido num recanto escuro,
Sozinho,
Sem vida,
Quase pasta de papel.

O silêncio tumultuoso
De uma noite negra
Transforma solitário caminho
Numa descida ao centro
Do frio Universo.

A quarta Sinapse

Contra-trilogia,
Pseudo-anarquia
De uma organização
Desfeita pela geração espontânea
De um negrume reflectido.

Falta vida, electricidade,
Motricidade
Desconhecida
Para uma centopeia
Descalça, dissimulada.

Récita energética
De silencioso declamador,
Peça gratuita
Em troca de vivos electrões.

Oh, Deus,
Acorda-me deste sono
Sobressaltado,
Confere-me energia!

Um café para a memória


E o Sol doirou,
Pausa para café
Na presença de uma
Recordação.

Brilho intenso
Passa por mim
Como se ontem
Fosse hoje,
Como um passado
Sobreposto à realidade.

Conversa amena,
Toda a atenção do eu
Se centra no tu
Desaparecido,
Agridoce memória.

A fita queima,
Dá-se o salto temporal
Até um Inverno próximo,
Quente como nenhum outro;
Tudo o resto é conto.

Onde se perde
Tão feliz vulto
Que desperta emoções?

Já não há café,
As areias estão espalhadas,
Perdidas.

sábado, 30 de abril de 2011

Penso

Penso...

Penso numa fúnebre noite
Marcada pelo coração,
Penso num célebre devaneio
Que me invadiu sem razão.

Penso num toque inexistente
Que falta me faz,
Penso naquele olhar
Que sempre satisfaz.

Penso num muro de pedra
Que afasta transparentes sentimentos,
Penso que o cérebro se desliga
Naqueles breves momentos.

Penso...

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Beco sensorial

Beco livre,
Apenas a lua
Ilumina o retorno
Ao desconhecido.

Sombras projectadas,
Cada vulto assemelha-se
À tua miragem.

Parece real,
Esta lágrima escorre agora
Por um rosto magoado,
Carente de toque humano.

Passividade na dissolução,
Procuro pulsação
Num muro de pedra.

Lá encontro ilusão.

terça-feira, 29 de março de 2011

Purgatório anunciado

Execrável imagem,
Vulto desfigurado
Surge no horizonte,
Cambaleando.

Vermes cobre o chão em redor
De recluso do entre-vida,
Atroz odor,
Doce travo de decomposição,
Tão repulsivo que se torna
Visível ao olho do mais incauto.

Vingativa,
Lua nossa olha de soslaio
Para futuro defunto,
Preso num cenário pós-apocalíptico
Nos confins de uma selva urbana.

Outrora gloriosas,
Árvores juntas a passeios são meros
Aglomerados de podridão,
Musgo seco como o Sol de Verão
Cobre o remanescente de caules
Inquietos.

O Vento abana pequenas rosas ali perdidas,
Frescas e suculentas,
Destoando o local de sepultura citadina.

Carros,
Onde estão eles?
Carcaças enferrujadas,
Esbatidas pelas cores do tempo
Que não pára nem perdoa.

Parceiro decadente cada vez mais próximo,
Funeral anunciado no local
Onde se encontra destruída tampa de esgoto,
Cheiro libertado sempre melhor que do
Quase defunto.

Embrenhado pela escuridão adormece
Personagem,
Purgatório aguarda para saldar dívidas
Deixadas naquele local
A que chamaram Terra.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Considerações perturbadas

I - Génesis

(...)

Supressão do início.

Anos passaram,
Amizade escondida num heterónimo
Ainda não criado,
Simetria de cérebros
Que pairam em conjunto
Raciocinando em separado.

II - Descoberta do incrível

Quem dita as regras,
Constantes temporais
E inconstantes milagrosas.

Dói querer saber,
Será a nossa maior oferenda
O meu maior pesadelo?

Racionalização,
Refracção de pensamentos
Pudicos com letras à mistura.

Amigo,
Podias ser maior que o pensamento!

Mais um segundo passado,
Ainda não compreendo a existência do Mundo,
Porque somos moléculas insignificantes
Neste contexto estelar?

Dói querer descobrir,
Será a minha vontade
O nosso maior pesadelo?

III - Conformidade (Sinapses parte III)

Onde andas meu caro?
Os minutos passam vagarosamente.

Adormecido,
Olho-me, sisudo, sem compreender
Este estatuto de conformismo sedentário
A que me remeti,
Sou apenas mais um grão de areia
No meio de extensa praia deserta.

Onde andas meu caro?
Sinapses já não funcionam,
Já não me sinto mais um semi-deus
Possuído pela electricidade do descobrimento
Empírico.

IV - Fim

Prestes a entrar no caixão vejo o perdido,
Doeu pensar,
Doeu racionalizar,
Tudo em vão.

Sensações perdidas nas penosas horas que me restam,
Arrependimentos de ser como sou,
Imutável face à mudança,
Perdi a relação de semelhança entre dois hemisférios
Que já não se cruzam.

Não há partilha,
Não há vontade,
Onde foi a fraternidade
Sensorial de um relâmpago
Que partiu tão depressa
Como chegou?

Não vivi, apenas deambulei,
Divaguei pelo pensamento
Esquecendo o importante,
O momento.

(...)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Sinfonia de fragrâncias


Sombra vagueia,
Mais uma alma perdida
No meio de tantas outras,
Grandiosos espectros
Perdidos na continuidade
De incessante trilho.

O frio que congela gelo
Sente-se à distância de mil sóis,
Calor gelado que queima
Sem descontinuidade,
Harmonia dos demónios.

Propagam-se gritos sinfónicos
De ajuda universal,
Despertam-se ossadas até então
Resguardadas por suave cobertor
De folhas deslavadas.

Arrepio na espinha dorsal
De mais um cadáver,
História infeliz de infeliz ser
Que se perdeu nos confins
De mais uma droga comum, a vida.

Espalha-se o cheiro,
Horripilante fragrância
Que atrai doces abutres
Para mais um festim
À luz de um sol escondido.

Sente-se a profundidade,
Os ouvidos estalam com a pressão
Incógnita da psicologia Humana,
Sente-se o erotismo
Da foice que se aproxima lentamente.

Cada passo dado,
Cada passo a menos.

terça-feira, 15 de março de 2011

Direito de escolha


Pedra,
Dureza sensitiva
Procurando concretizar o seu sonho
De felicidade
Não permitida.

A escolha,
Essa perdeu-se
Nos afluentes de um rio
Vazio,
Esquecido.

Maus agoiros,
Fugiste a sete pés
Do desafio supremo
Imposto por dois caminhos distintos,
Liberdade de escolha.

Ilusão,
Na areia perdeste
Toda a tua essência
E vitalidade,
És um mero fóssil deambulante.

sábado, 5 de março de 2011

Som do silêncio


Ouve o som do silêncio,
Eco do vazio
Nas paredes trespassáveis
De tal casa sem alicerces.

O mundo colapsa
Sobre três saudáveis cravos,
Liberdade perdida
Nos queimados prados
De terra esquecida.

Escuridão,
Essa apodera-se da matéria
Num estrondo brutal,
Qual montanha a cair
Sobre ex-terra mortal.

Ouve o silêncio do som,
Matéria sobre material
Num local sem compaixão,
Onde a própria existência
É casual,
Desigual.

Opressão,
Repreensão do oprimido.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Eterna Busca pela liberdade


Servir o abstracto,
Onde param os criados
Da matéria flutuante
Da aura deambulante?

Matéria gera dor,
Pensamento gera dor,
Irracionalidade gera dor,
Desespero pela dor
Que finalmente entenda.

Caminho, cego dos meus objectivos
Primários,
Procurando celeridade no processo
Evolutivo
De uma mente aberta, desperta.

Onde estão os criados?
Sou mero fantoche das linhas
Do destino,
Infinita racionalização apoquenta-me,
Quem me liberta?

Porque não nasci como o vento?

Livre arbítrio é ilusório,
Destinos comandados pelo superior,
Ele faz de Nós Seus Criados,
Esses que procuramos.

Será eterna a busca por nós mesmos?

quinta-feira, 3 de março de 2011

Questões cósmicas

Onde te posso encontrar?
Mar de estrelas tolda a visão,
Desnorteia os sentidos.

Infinito incerto,
Que segredos escondes
Com essa tua capa
Monocromática?

Porque escondes a tua verdadeira cor?

Discípulo do descobrimento,
Quem desbloqueará a tua história?
O oculto atrai a mente,
Descoberta leva a mais dúvida.

Porque nos iludes?
Será essa a questão a ser feita?

Novo plano

Vagueio,
Gostaria de sentir um espírito
Audaz,
Fazer análise mordaz
Da sua existência psíquica.

Compactuo com a sombra
De uma nua árvore,
Entranhas podres
Desprovidas de alma
Que as salve.

Onde assino passagem para
Um novo plano?
Existência questiono todo dia,
Será esta realidade apenas
O inferno que prepara para
Eterno descanso?

Estarei a racionalizar o inexistente?
Leve conjectura que me prende
Numa redundância crescente,
Sem saída aparente.

Impulsos eléctricos,
Gostaria de acreditar.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Não perguntes porquê


Não desespero por ti,
Passado que partiste sem deixar aviso.

Não procuro explicação,
Redenção
Não me trará
Motivação
Nem me potenciará
Salvação,
Escolha essa me salvará.

Acredito que os meus pecados foram perdoados,
Não perguntes porquê.

Acredito que encontrarei um lugar no além,
Não perguntes porquê.

Acredito que lá te encontrarei,
Não perguntes porquê.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

"The Unnamed Feeling"

"Been here before couldn't say I liked it
Where do I start writing all this down
Just let me plunge you into my world
Can't you help me be un-crazy

Name this for me, heat the cold air
Take the chill off of my life
And if I could I'd turn my eyes
To look inside to see what's coming

I'm frantic in your soothing arms
I cannot sleep in this down filled world
Found safety in this loneliness
But I cannot stand it anymore

Cross my heart hope not to die
Swallow evil, ride the sky
I lose myself in a crowded room
You fool, you fool, it'll be here soon"

Parte da letra da música "The Unnamed Feeling" dos Metallica

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Filho do Mar


Na calmaria de uma manhã enublada
Revejo o oceano pensativo
A mente eleva-se do chão,
Eleva-se e sente a chamada.

Sinto o areal ainda frio a meus pés,
Sou o Deus de uma paisagem de sílica,
Procuro ver-me livre deste pesado fardo,
Algo que sempre me desfez.

Começo uma corrida em direcção ao mar
Para me ver livre deste pensativo momento,
Procuro na zona de rebentação
Um local para me acalmar.

Não é o fim, é apenas o começo
De um novo amanhecer.
O local sempre bem visível,
Nunca, nunca o esqueço.

Sou um filho do mar,
De volta a casa.

Um sonho reconfortante


"Nos meus sonhos consigo ver-te,
Dizer como te sentes,
Nos meus sonhos consigo segurar-te,
E isso é tão real."

Adormecido, olho-te profundamente
e sinto a paixão fluir,
Tu eu eu, sozinhos simplesmente
numa praia vazia.

Mergulho cada vez mais no meu subconsciente,
Procuro novas sensações
e novos sentimentos para experimentar,
Sinto-te por perto, aproximo-me
e o momento começa a fluir

Beijo-te, e sinto o calor
atravessar os nossos corpos,
O meu coração bate em uníssono com o teu,
O pleno ardor
de duas almas semelhantes,

A areia transfere a sua energia
para a nossa aura,
Mas que perfeita companhia
nestes momentos de paixão imperfeita.

Procuro complementar o momento
com mais uma demonstração de afecto,
Mas nada pode ser acrescentado
a todos estes momentos,
é perfeito ter-te por perto.

Subitamente, desvanece o teu corpo,
Apaga-se a tua voz,
Acordo de um sonho que quero tornar real,
Apercebo-me da realidade.

Ainda assim não desespero,
Quero repetir toda a história,
Desta vez sonhando acordado.

o primeiro verso é uma tradução livre de parte da letra da música "One Last Goodbye" dos Anathema

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A Feast of Friends - Jim Morrison



Wow, I'm sick of doubt
Live in the light of certain
South
Cruel bindings.
The servants have the power
Dog-men and their mean women
Pulling poor blankets over
Our sailors

I'm sick of dour faces
Staring at me from the TV
Tower, I want roses in
My garden bower; dig?
Royal babies, rubies
Must now replace aborted
Strangers in the mud
These mutants, blood-meal
For the plant that's plowed.

They are waiting to take us into
The severed garden
Do you know how pale and wanton thrillful
Comes death on a strange hour
Unannounced, unplanned for
Like a scaring over-friendly guest you've
Brought to bed
Death makes angels of us all
And gives us wings
Where we had shoulders
Smooth as raven's
Claws

No more money, no more fancy dress
This other kingdom seems by far the best
Until it's other jaw reveals incest
And loose obedience to a vegetable law.

I will not go
Prefer a Feast of Friends
To the Giant Family.

Repugnante desejo

Deixem-me
Pensamentos sombrios,
Tormentas passadas
E presentes.

Não!
Tento não ouvir a voz,
As suas ordens acatar,
Atenção desviar
De tormenta atroz.

Porque tentas apoderar-te
De do meu corpo?
Questão inocente
De mim para mim,
Resposta ausente,
Dor sem fim.

Escuridão,
Qual a razão?
Incitas-me a colocar
Pontos finais
Em vez de vírgulas,
Quero que a escrita
Prossiga!

Não aguento nem mais
Um pico de insensatez!
Persigo paz de espírito
Sem saber que sentido lhe dar.

Dividido,
Desaparecendo
Num nevoeiro de sensações,
Procuro respostas
Para uma ignorância sábia
Que sempre me persegue,
Eterno dia de Inverno.

Como sair deste Inferno?
O controlo foi perdido
Na vírgula passada.

Entrego a soberania
Dos meus poderes a ti,
Oh ser todo-o-poderoso.

A liberdade que desejo
Torna-se na voz insignificante,
Conquista-me de rompante
Um desejo repugnante
De um último bocejo.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Novo dia, atmosfera passada


Um novo dia nasce,
Nuvens toldam o julgamento,
Avizinha-se decisiva
A sua concretização.

Momentos de tensão
Cortam a atmosfera
Como uma faca de gume rombo,
Instrumento predilecto
De uma sombra
Outrora viva.

Cansativa,
Esta batalha
Desfaz toda uma confiança,
Corrói extensivamente
Um paradigma dual.

Perde-se o animal,
Os instintos,
Outra de sobrevivência,
Transformados em dependência.

Independência,
Capacidade de saltar
Sem receio de cair,
Não procurando viver
Num plano transcendente.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Envolto nas trevas


Demónios passados,
Momentos revividos
Numa actualidade
Que desejo finda.

Ironia sem sentido,
Sinto um pesar, uma sombra
Sempre presente.
Não raciocino,
Desespero por paz
Eterna.

Descanso (eterno).

Definir-me-ei por mero
Frasco esvaziado no momento,
Método generalizado
De terminar em paz,
Com (des)agrado,
Algo que não satisfaz?

O olhar dita a consciência,
Marca o meu estado
De dormência
Mental, hiperactiva
Na sua escuridão.

Envolto nas trevas,
Onde irei encontrar
Paz, eternas tréguas?

Não pode o reino da salvação
Levar-me ao descanso?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Vazio palpitante


Uma garrafa vazia sentada
Naquele vazio canto,
Escondido,
Sem luz.

Tempestuoso,
O tempo age em conformidade
Com o vazio de uma garrafa
Outrora cheia.

Seca,
Desprovida de sentimentos,
Apenas um pedaço de vidro
Deixado no esquecimento,
Perdido no tempo.

Longe vão as degustações,
Longe se encontra aquele caminho
Delineado,
Agora esquecido,
Ignorado.

Sonhos proibidos,
Ódios nutridos,
Onde se encontra o rótulo
Para um objecto
Abandonado ao seu destino,
Um vazio palpitante.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Apenas algo sem título pt2


Proximidade...
Quero sentir o calor do teu corpo,
Agarrar-te bem perto enquanto tudo
Se desmorona.

O tempo irá parar,
Prédios colapsam em câmara lenta,
Tudo é lento.

Enquanto tudo se desmorona nós ficamos
Pendentes,
Enquanto tudo se desmorona nós passeamos
Independentes,
O Mundo é nosso para explorar.

Não tenho (tenhas) medo do fim,
Não tenho (tenhas) receio de um amanhã menos bom.
Comigo, agora, juntos!

Vou
Agarrar-te bem perto de mim enquanto tudo
Se desmorona,
Eu e tu.

Fim, uma miragem.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Preto no Branco


Preto e branco,
Visão sobre venda
Colocada numa face sem face.

Vislumbre térreo de uma nuvem passageira
Em tons monocromáticos,
Beleza passageira que desejava eterna.

Campo sem frescura,
Verde perdido nas equações visuais
De uma retina queimada
Por um pensamento no estrito,
Analítico!

Metáfora de metáfora,
Demónios acordados não permitem
A visualização de um mundo redondo,
Preenchido,
Alegre.

Onde estás tu memória reencontrada?

Indiferença paira no ar,
Cores fogem a sete pés de um vendaval
De inverno,
Cérebro desmotivado,
Perdido.

Onde estás tu cor perdida?

Verdade absoluta no sentido lato,
Escondida sob vales e colinas alegóricas,
Picos de mentira dissimulados.

Onde te posso encontrar verdade?

Perdição, dor de perder,
Vende-se este negro espaço,
O preço é convidativo!

Base de operações
Operada
Por um desejo incontrolável de reencontrar
Cor.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Memória, Cérebro. Memória, Escrita


Revisito o passado com
Quentes lágrimas no rosto,
Quedas de água imensas que correm
Sem aparente destino,
Paradas por uma mão que afaga o rosto.

A revolta patente num corpo
Desmembrado mentalmente pelas amarguras
De um precioso gume afiado,
A dor sentida diariamente
Por um ser desfeito,
Dilacerado.

A distância do passado aumenta,
Largos são os passos dados pelo tic-tac
Do relógio biológico destruído.

Alimento para o corpo,
Necessidade calórica
Alegórica,
Não há força da natureza
Que consiga juntar de novo
As quebradas peças que compõem
Este sofrível decadente pensamento.

Sentido estrito sobreposto pelo lato,
Páginas cortadas em pequenas porções,
Memórias que não podem ser de novo reunidas,
Antigamente vividas,
Hoje fragmentadas,
Perdidas.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Onde estás tu?

Tempestade aproxima-se,
A cautela ficou enclausurada num canto qualquer,
O tempo escuro e frio chegou
Para aquecer a destruição que sinto.

Preciso de partir algo,
Esquecer aqueles dias passados perto de ti,
Onde a tua companhia era indispensável
À minha boa-vivência,
Perto daquele prédio que gosto de chamar
Coração.

Murro na parede,
Quero compreender o que se passa!
Preenchido e vazio,
Encontro-me à deriva num oceano de sensações
Indescritíveis.

Onde estás tu?

A distância pesa no meu corpo,
Grito penosamente com os lábios fechados
Por mais um dia,
Mais uma hora,
Mais um minuto,
Mais um olhar...

Onde estás tu?

Preso na liberdade do mundo
Apenas tenho a memória para viver de novo
Tempos passados na companhia perfeita
De um ser único.

Onde estás tu?

Eterna questão que nunca irá ser respondida,
Pseudo-retórica...

Wish You Were Here



"How I wish, how I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears
Wish you were here"