terça-feira, 19 de outubro de 2010

Apenas algo sem título

Grito!
Das profundezas de um poço isolado,
Remotamente colocado
Nas entrelinhas de duas serpentes
Que ziguezagueiam como correntes,
Deixadas ao acaso no mais inóspito
Dos locais.

Começo a perder as forças,
O corpo começa a dar de si,
Ainda que a mente tenha imensa força para lutar.
A batalha para respirar começa,
Tento encontrar um ritmo de mãos e pés
Para não submergir e ficar à mercê de um destino
Injusto.

Todos os desajeitados movimentos,
Marcados por uma arritmia associada
A inconstante batimento cardíaco,
Fazem a forte mente aceitar o seu inevitável destino.

Num último esforço,
Respiro com o que resta da minha força anímica
E deixo simplesmente a natureza tomar conta da ocorrência.

Expiro todo o ar que se encontra dentro de mim,
Começo o processo de me afundar para um local onde os sonhos
Se encontram com a realidade.

Perco os sentidos, acordo numa outra realidade,
No mesmo sítio, sempre perdido, sempre disposto a lutar.

Repito toda esta panóplia de acções
Para chegar à conclusão que tudo é um ciclo vicioso,
Tudo se repete vezes sem conta,
Da mesma forma,
Da mesma maneira,
Mudando apenas algumas letras de um extenso livro.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Stephen Hawking


“I think computer viruses should count as life. I think it says something about human nature that the only form of life we have created so far is purely destructive. We've created life in our own image.”

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O beijo do Anjo da Morte


O caminho é longo,
com um solo seco como ossos de um antigo cadáver putrefacto,
deixado a apodrecer sem qualquer dignidade.

Uma pedra bloqueia o meu caminho,
Vestígios de sangue nela encontro,
Questionando-me sobre a segurança
De tão inóspito local.

Procuro voltar atrás,
Mas a estrada não tem retorno,
Ordenando-me que continue
Uma possível perigosa caminhada.

Ouço os ramos das árvores podres a ranger,
Sinto o característico cheiro a morte a aproximar-se
Com o estreitamento do cadáver seco.

A terra foge por debaixo dos meus pés,

Como uma serpente venenosa que procura escapulir-se
Da inexistente presa natural.

Caio de costas, batendo com a cabeça
Num pequeno montículo de algo que nem consigo descrever.
Sou arrastado com força, mas faltam-me as forças
Para olhar para a frente.

A Dor é lancinante,
Mil facas de gelo a entrar pela minha carne
Que sangra abundantemente,
Alimentando o ressequido caminho
Que fica para trás.

Perco os sentidos.

Acordo horas depois rodeado de esbeltas luzes,
Sentindo de súbito um ar fresco mas aconchegante.

Reganho forças,
Nem reparo que a respiração deixou de ser um acto obrigatório.
Olho para cima, vejo um bonito Anjo vestido de preto,
Com longos cabelos escuros e olhos tão brilhantes
Como a mais sombria das Noites.

Agarra-me pela mão, beija-me na face
E simplesmente leva-me para o outro lado.
Não são precisas palavras para entender toda esta
multitude de sensações.
Adeus doce Mundo.

sábado, 2 de outubro de 2010

Avenged Sevenfold - Seize the Day



"Newborn life replacing all of us, changing this fable we live in

No longer needed here so where do we go?
Will you take a journey tonight, follow me past the walls of death?
But girl, what if there is no eternal life?"