quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Como gostava de...

Como gostava de sentir,
Viver a dor
E correr,
Partir e esquecer
Sem pensar em perder.

Como gostava de sentir
A dor
No Eu físico,
Morrer e renascer
Lembrando o psicológico.

Voar,
Um sonho, uma realidade
Fictícia,
Ser e apenas Ser
Um momento,
Nunca uma lembrança.

Ser apagado da existência,
Não proporcionar mais que uma
Leveza breve aqueles que digo
Conhecer.

Como gostava de olhar,
Observar o outro lado do espelho
E entrar no subconsciente
De uma personagem que criei,
Uma visão que criei,
Uma realidade que criei,
Uma realidade que desejei.

Como gostava de olhar,
Observar este lado do espelho
E ver-me na terceira pessoa,
A personagem que mostro.

Nostalgia

Alta velocidade,
Viajo sozinho nesta fria noite.

Tons monocromáticos
Destacam-se nesta triste e desoladora
Paisagem.

Onde foste Primavera?

A viagem está no seu estado embrionário
E uma eternidade parece ter passado,
Tal é a redundância
No pano de fundo.

Paragem.
Arranque.

Suave,
Apesar do leve vaguear do estômago,
Que quer ficar especado no local
Previamente ocupado.

A monotonia é quebrada
Por pequenas nuances,
O débil terreno retira-me
Equilíbrio.

Tudo é nostálgico,
Tudo remete à mesma face.

domingo, 23 de outubro de 2011

Sem título (III)

Nuvens cobrem uma pobre Lua
Que fracamente ilumina o céu
Nocturno.

Dor, pesar,
Num momento, num segundo
Perde-se a cumplicidade, amizade,
Uma vida numa vida,
Procura-se uma verdade.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Vampiro

Vampiro,
Tu que te escondes nas sombras
E enganas o pobre ignorante
Que passeia,
Inocente,
Crendo numa liberdade alegórica.

Vampiro,
Como tantos podem cair de novo
Na tua armadilha mortal?

Entre corte e corte o sangue jorra,

Hemorragias sem fim
E sem previsão
Destroem um futuro
Que se prevê inexistente.

Quase seco,
O corpo é deixado às mãos de abutres
Sedentos de carne putrefacta,
Seca após décadas
De consumo em lume brando.

Vampiro,
Enganarás de novo o pobre ignorante
Que passeia,
Inocente,
Procurando nova liberdade alegórica?

Vampiro,
Entregá-lo-ás de novo
A abutres cantantes?

domingo, 16 de outubro de 2011

Cradle Of Filth - Nymphetamine Fix


"Cold was my soul
Untold was the pain
I faced when you left me
A rose in the rain....
So I swore to the razor
That never, enchained
Would your dark nails of faith
Be pushed through my veins again

Bared on your tomb

I'm a prayer for your loneliness
And would you ever soon
Come above unto me?
For once upon a time
From the binds of your lowliness
I could always find
The right slot for your sacred key..."

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sombras


Está uma sombra atrás de mim
Copiando cada passo que dou,
Será que procura o mínimo deslize
Para endereçar o ataque?

Quero sair,
Não quero proceder o caminho;
Porque não posso dormir
Para sempre
A ter de enfrentar a sombra?

Não confio em ti,
Deixa-me,
Desaparece!

Não confio em ti,
Porque não me deixas dormir?
Não quero estar sóbrio,
Não quero sentir a dor,
Quero apenas dormir,
Sentir o peso nos olhos
E fecha-los calmamente,
Sem ressentimento.

Que momento precioso,
Quero estar aqui, agora,
Esperar um segundo sem cair
Na realidade,
Sem ver o Mundo a cores,
Percebê-lo.

Porque não posso escolher
Ser livre?
Porque não se apaga a chama?

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

When darkness calls


Into the world of the unknown,
Where your imagination
Starts to crumble
And the mind plays every trick;
An old painting rests
Where once stood a brick wall,
It's deep eyes
Desperately try to cleanse
The soul of those who look,
Terrified.

The trumpets sound
As the final call echoes
This old castle;
Where will you be
When darkness calls?

At the distance
One spots a glimpse of hope,
As the chariot descends
From the skies;
Passing by, missing our souls,
We lose every bit of hope
That still resided in our grey hearts,
And start to hope that the wrath
Spares us from this inevitable faith.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Fantasmas do Vazio


Sente...
No momento que passa
Encontra o local exacto,
Medita...

Passa devagar
Este segundo;
Arrasta-se, vagaroso,
Na busca de algo perdido,
Esquecido.

No fecho da cortina
Observa-se o nada,
A terminação
Da continuação
De uma esfera infinita.

Um segundo passou,
E no caminho do segundo acto
Continua lento
O actual,
Continua o olhar
Para o inexistente.

Distingue
Céu de Inferno,
Digere este segundo segundo
Como se o primeiro se tratasse.

Na distância,
Procura os Fantasmas do Vazio,
Eles por lá andam.

sábado, 8 de outubro de 2011

Sea of Sorrow


Darkness,
Stone cold ice
Burns through skin
As i remember the past,
A cold dark place.

I remember those happy times,
When making a smile
Wasn't painful,
As painful as a knife to the stomach.

I remember when listening to the piano
Gave my heart a warm feeling,
It didn't echo through it's missing
Existence.

The volume swells
Of a forgotten memory echo
Between the walls of thought,
As i battle the past,
A cold dark memory.

Darkness,
When will the fire and rimstone
Rise to this world,
Simply to put an end on this pain?

I listen to the piano
As tears crawl on my face,
Falling to the floor,
Creating ice blocks
Around my feet,
My bare feet.

A sea of sorrow invades my heart
As i look for a place to hide,
Just one place to die.


Música: Dimmu Borgir - Sorgens Kammer
Poema: Jimmy

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Descending Angels


"Torn from the heavens
they fall from the sky
and walk the streets among
mortal men
they hide in shadows
keepers of the night
mortal life is weak
can't hold back the demons
the blood pours as rain
and soon you'll be alone.

descending angel

stand by my side
we'll face the night
descending angel
who guard the gates of hell
just one more night
for in the morning
will bring the light.."

sábado, 1 de outubro de 2011

Listening to voices

At the throne of judgement i stand,
Waiting for your smile
In a bright full sunrise.

A dying wish
In a dawn of ages
Passes by,
As a snake fullfills it's destiny
And watches me from the distance.

Everyday i try to listen
To my inner silence,
But the sound of thunder
Overcomes the hope
I need.