segunda-feira, 4 de junho de 2012

The Mystery of a Lie

Idolizing the legend of one's short mystery,
Blood stops running through the veins
Of a dying body
Whose soul left, unnoticed,
A long time ago.

A shortness of breath announces
Life's last grasp,
While a fainting light
Is seen by the horizon,
The illusion of life reveals itself.

Happiness,
Existence's greatest lie,
Perpetuated by the power of the occult,
A body without matter
That's never hungry, that never sleeps.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Agony

Time starts to open wounds
Once closed by the presence
Of one's desired loved one,
Eternal rampage weakens it's body
While thoughts full of pain
Invade the barely livid mind.
A fake sense of well being
Broken down by a brick wall of misery,
An hopeful idea crumbles
At the feet of impossible distances;
Two souls wander without destiny,
Two souls whose path's are forsaken.
Now with wounds wide open
Not even the memory
Of a once shared heat
Is enough to rehabilitate
This excruciating agony.

domingo, 27 de maio de 2012

Na Distância Sentem-se as Audazes Criaturas

Na impressionante comunhão
De almas cantantes em uníssono
Particularizo o célebre olhar,
Onde seis palavras descreveram
Na perfeição,
Sob esbelto luar,
Uma vida não anunciada,
Apenas sentida e aclamada,
Por entre distâncias inatingíveis
E humores separados.

No longínquo não esmorece
O sentimento,
Na proximidade propaga-se
E sente-se.

O correr de um aconchego
Imaginado todos os instantes,
O calor de uma alma conturbada
Com outra conturbada,
Talvez ainda mais;
Duas criaturas da noite
Experimentam,
Sob o olhar atento de um céu
Que nunca esquece.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Realidade

Longas trilhas
Afastam a impossibilidade
Que por vezes se concretiza,
Onde um olhar e outro olhar
Se cruzam em direcções concordantes,
Num Mundo fantasioso
Onde a ficção é uma realidade
Momentânea.

A Saudade dissipa-se
Por entre uma amálgama
De corpos e desejos,
Qualquer réstia de de tristeza e dor
É mera ilusão
Dentro desta não ilusão,
Tudo resto é sonho perpétuo.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Shadowgrave - Red Ocean (demo)


Espero que gostem, é o primeiro demo da minha banda!

Vocals / Lyrics - Bernardo Carvalho
Guitar - Francisco Fernandes
Guitar - Gustavo Rocha
Bass / Backing Vocals - Tiago Antunes
Drums - Jorge Marinho

domingo, 15 de abril de 2012

Void

Hope is lost
And words scramble
A way to become
Profound,
A silently cursed disease
Reaches dormant limbs
With restless desire.

I seek my way
Into oblivion,
Only to find
That there is no more
Beauty
Beside pain.

terça-feira, 20 de março de 2012

Dormência

Sinto o cansaço de um longo dia,
Os olhos fecham
Contra a corrente da vontade,
Raiam vermelho vivo
Pelas imagens que absorveram
Em mais um dia prolongado.

Uma pequena dormência
Ataca todo o meu corpo,
Parece desligar-se,
Toma o controlo sobre uma mente
Que se releva sempre
Inquietada,
Carente de descanso.

domingo, 18 de março de 2012

Esperança

Dei tudo
Por um esboço de compaixão,
Uma pequena recordação
Do que uma vez foi
O presente.

Dei tudo
Por um simples amanhecer,
Acordar e esquecer
Que uma vez senti
Pesar.

Relembro diariamente
Breve passado,
Companhia fulgurante
Que nem assim pouco marcou,
Ditou uma vida, duas vidas,
Uma geração!

Nas horas de dor
Relembro que,
Em tempos,
Tive uma miragem
Do que sempre procurei.

Nas horas de dor
É essa miragem
Que me mantém à tona,
Esse desejo inabalável
De revisitar o passado,
Reatar o que,
Erroneamente,
Tomei como garantido.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Escrita Atonal

Preciso de voltar a sentir,
Caminhar em brasas
E partir,
Olhar nos olhos a eventualidade
De nunca mais os ver,
Procurar sentir algo
Nesta presa que me tornei,
Órfão de mente e sanidade.

És mera singularidade,
Perdição num momento de fraqueza
Que procuro nunca sentir,
Nunca viver,
Deixar esquecer,
Mesmo quando mil eternidades
Já se passaram
E mil ocorrências do sobrenatural
Já enfrentei,
Insanidade.

Nos pesares de uma desigualdade constante
Em composição atonal,
Uma quebra de ritmo surge por entre os intervalos
De uma chuva pasmada,
Uma estática que sempre esconde
A realidade nunca antes vivida,
Não separo sonho de sonho
Porque sonho sempre que vivo,
Apenas acordo na dor de não me lembrar do momento,
Não viver o momento,
Não sentir o momento,
Onde foi o momento?

Escrita talvez confusa,
Um nexo que se perde
Quando falta a palavra,
Falta o fio condutor
De toda uma trama que reclama voltar a viver,
Teima em não esmorecer.

sábado, 10 de março de 2012

Full Circle

In Time I Sleep,
This life I leave.

Close your eyes
And portray this last journey
With me;
It's only just a dream,
Let's be together at last.

My solitude
Keeps freezing life,
A shadow unveils
A will to be
With the unknown,
The impossible.

Can you ear my silent
Scream,
Open lungs filled with pain
Unencumbered by the cry
Of one last wish.

I failed in life,
Misery is just one lucky follower
Of my misfortunes,
Keeping me away
From your warm words
That prevail above
Any rational thinking.

Lust and famine,
Pestilence I desire
For thy creation
That separates the sea
Of my will,
Duality.

It starts to rain,
The leaves, fallen on pale ground,
Start to rotten,
Come full circle with life
As I shall be.

A stained, imperfect creation
Will forever stay incomplete
As long as it doesn't meet it's
Other half.

I only could have awakened
With your company,
Tides of misery continue to
Create enigmas,
One's personal Nero unleashed
By a rainy moonlight
That exhales deep urges
Of departing.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Succumbing in Redemption

Forgiven...
I give my last steps
With wind as my company,
A fortress of pain
Engulfs this existence
Like fire and brimstone
Propagate in the depths of hell

A river of solitude
Creates a wave of depression,
In sadness I look
For your last words,
In theses lost moments
I try to picture you
Standing by my side.

Yes, you've forgiven me,
But my grief stops
My redemption,
Standing in the doorway
Of judgment death whispers
A lullaby.

As I feel the cold touch
Of vanishing approaching
I know my time has came,
And although I don't want to succumb
I acknowledge my fate.

The wind touches my pale skin
And brings one last gulf
Of fresh air,
The last image i portray
Is the one where you and me are together,
Even though that's my life's illusion.

Buried underneath the cross
My soul is expelled from the body,
Now in my vast dreams
I may live happy being around you,
Oh death thank you
For freeing me.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Mournful Prairie

Time as passed
And still i find myself
Worthless,
A lifeless peasant in the hands
Of other's needs.

Lost in a mournful prairie
Filled with sickening thougts,
A place when lunacy takes place
And I,
As it's host,
Begin to succumb to my own
Lack of humility,
I'm a dog
Inside a little place
Called hell.

As the sky turns grey
I try to find forgiveness
When another day
Awakens,
Only to realize
That every other being
Is a being on it's own,
Filled with his own demons.

Depressive on my own,
Where are your kind colors
To feed my depleting ego?

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Notas Soltas - Saudade

"Saudade,
Imensa, incontável,
Já não sei o que é
Um vislumbre dos teus olhos,
Já não esboço sequer
Os traços do teu rosto,
Apenas sinto saudade."

Tiago "Jimmy" Antunes

Transfiguro-me

Todas as cores do arco-íris
Se esmoreceram
Num mero e simples dia,
Mais um como tantos quais;
Porque não o vejo como antes?

Quando não há mais esperança
E as lágrimas já não trazem dor,
Uma dor nunca mais sentida
Num devaneio que preenche o vazio.

Não há recados pendentes,
Apenas um sorriso esforçado
De uma cara nunca antes vista,
Um esboço de emoção de novo
Reconhecido sociopata;
Uma sombra do passado.

As páginas ardem
Numa tentativa de esquecer o outro,
O amigo do amigo,
A realidade a deixar pendente.

As páginas voltam a arder,
O combustível é infinito
Mas as memórias também o são,
Mesmo que meros fragmentos
Espalhados
Por uma melodia de uma despedida
Que não é possível efectivar.

Há relação sem relação,
Uma ausência premeditada
De interacção
Entre duas páginas
Separadas por incontáveis capítulos;
Um livro aberto torna-se fechado.

Transfiguro-me.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Mar de Tristeza (Tradução)

Escuridão,
Gelo frio como pedro
Queima a pele
Enquanto relembro o passado,
Um local negro e gelado.

Lembro-me daqueles tempos felizes,
Quando sorrir
Não doía
Como uma faca cravada no estômago.

Lembro-me quando ouvir o piano
Me dava uma sensação quente no coração,
Não ecoava a sua
Inexistência

As variações de volume
Do eco de uma memória esquecida
Entre as paredes do pensamento,
Batalho pelo passado,

Uma memória negra e gelada.

Escuridão,
Quando irá o fogo
Preencher este mundo,
Colocando um fim na dor?

Ouço o piano
Enquanto lágrimas escorrem na minha face,
Caindo no chão,
Criando blocos de gelo
À volta dos meus pés,
Os meus pés descalços.

Um mar de tristeza invade o meu coração
Enquanto procuro um lugar para me esconder,
Apenas um lugar para morrer.

Podem encontrar o poema original AQUI

Clausura Intemporal

De partida num desligar
Da ficha,
Ouço a melodia corrente
De mais um êxito
Criado pela fictícia
Orquestra,
Dissolução cerebral.

Perco,
No dia-a-dia,
Cada hora de descanso,
Traduzida em duas horas
De eterna escrita,
As leis fundamentais
Não se aplicam.

Luto pela vida com a vida,
Esqueço-me do detalhe
Do grande quadro
Racionalista
De longos anos
Sem sentido.

Sonho um pesadelo perpétuo,
Não dou vida,
Procuro escapatória
Da sua clausura
Intemporal.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Vinte e Um

Anseio por momentos de devaneio,
Um tilintar de mil vidros caídos
Num chão sem vista.

Anseio por momentos de devaneio,
Sentir a língua cambalear contra
Palavras sem sentido.

Anseio por momentos de devaneio,
Esquecer que esquecido fiquei
Pela primeira vez desde o reconhecimento.

Anseio por paz,
Mesmo sozinha a autodestruição invade
Todos os poros de um corpo perdido
Numa mente foragida.