domingo, 11 de setembro de 2011

Cortex sintetizado

Leio nas entrelinhas
Um desespero continuado,
A palavra errada
Dita inocentemente
Deixa cicatrizes duradouras.

Na introspecção do agora
Relembro o passado,
Como se dia feliz
Fosse revivido
Neste preciso momento.

Como posso dizer adeus
Se o agora dói
E já preconiza
Esse fatídico momento?

Deparo-me com um muro de pedra
No meu cortex sintetizado,
Uma barreira instransponível
Para a resposta irracional.

Como imaginar o agora
Se o amanhã não melhorará
E se o passado se revelou inseguro?

Uma densa camada
De água vaporizada
Tolda-me o julgamento,
Remete-me à despedida
Que tanto quero esquecer,
Quiçá evitar!

Sem comentários:

Enviar um comentário