segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Filho do Mar


Na calmaria de uma manhã enublada
Revejo o oceano pensativo
A mente eleva-se do chão,
Eleva-se e sente a chamada.

Sinto o areal ainda frio a meus pés,
Sou o Deus de uma paisagem de sílica,
Procuro ver-me livre deste pesado fardo,
Algo que sempre me desfez.

Começo uma corrida em direcção ao mar
Para me ver livre deste pensativo momento,
Procuro na zona de rebentação
Um local para me acalmar.

Não é o fim, é apenas o começo
De um novo amanhecer.
O local sempre bem visível,
Nunca, nunca o esqueço.

Sou um filho do mar,
De volta a casa.

2 comentários:

  1. Parabéns! Os poemas estão espectaculares. Não pares, porque parar é morrer...

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  2. Saudades...
    Gosto deste, adorei o final "Sou um filho do mar,
    De volta a casa."

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