quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Toque de artista

O capital erro
De racionalização proibida,
Vislumbre do sonho
Inacessível ao comum mortal.

Lunático no seu desejo,
O artista procura,
Não o reconhecimento,
Mas a concretização do pico máximo
Da sua profunda humanidade.

Não passível de concretizar,
Inferem aqueles que se rebaixam
À mediania
E vivem como robots, perdidos
Num mundo sem destaques,
Apenas momentos.

Onde está o papel,
A tinta,
A letra?

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nightingale - Alonely


I'm all alone
Waiting for no one
I see the daylight fade away

I'm so afraid
I know you're around me
I hear you crying in the wind

If I could bring you back
If I had the power, I'd give you my world
And my life, you'd have it all
But life is not a game
And I know the rules and I know I must follow
them every single day

I feel that I'm loosing it all
There's nothing left to live for
I'm ending it all in my dreams
It always seems so easy in my sleep

I'm all alone
Waiting for darkness
I wish the sun would slip away

I still believe that you didn't leave me
I see your shadow in the haze

If I could have some peace
Ending the nightmare, closing the chapter
And join you in your sleep
But life is not a game
And I know the rules and I know I must follow
them every single day

I feel that I'm loosing it all
There's nothing left to live for
I'm ending it all in my dreams
And deep inside I knew

That there was one part of me
That tried to save you from yourself
The other let you go and I will
Never deny I was walking on the line of
Here and nevermore in selfish pride

quarta-feira, 27 de julho de 2011

J.

Uma sombra
Percorre o percurso feito,
Procura o erro,
Prepara o ataque
Como uma cascavel
Que descansa debaixo
De uma pedra descansada.

O Sol desce,
Esconde-se atrás de uma duna
Sorridente,
Que não compreende o perigo
Que espreita.

Assassínio,
O caminho a seguir?
Um mentiroso sem valor,
Um imbecil
Em quem não confiam,
O centro do nada
Em que o nada se remete,
Confia e enreda-te,
Foge sem pensar.

Um renegado,
A mordida fatal é desferida
Com poder indescritível.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

terça-feira, 5 de julho de 2011

Notas Soltas - Porquê?

Sinto a retórica de um "porquê" desajeitado, questões fluem sem que para elas encontre resposta. Pequenas gotas de água tocam na pele sem que as sinta incomodar, e é bom sentir o seu tacto fresco e o aroma que levantam nas ruas de uma cidade cinzenta. As horas passaram sem que conseguisse parar por um segundo, ficando preso a uma inconstante cósmica que se revela mais irritante que a gravidade que me prende neste Mundo. Será assim tão complicado divagar?
O término não é mais sensato que o começo, logo de manhã acordarei com o mesmo pensamento no cérebro, a mesma estática que me impele a lançar palavras, nunca as lançando. Que triste apanágio! Porque viajo sozinho, no meio dum silêncio demasiado melancólico?


Simon & Garfunkel, The Sound of Silence

sexta-feira, 1 de julho de 2011

domingo, 19 de junho de 2011

Felicidade, mera trivialidade

Contam-se pelos dedos
Os dedos de uma ceia
Invisível,
Inverosímil
Dialecto partilhado
Por tempestade sensorial,
Num momento de melancolia
Estancável por semelhança
Entre dois corpos de forma
Imiscível.

A longa contenda entre lógico
E instintivo
É relação de inimizade,
Afasta crença na equalização.

Sente-se a obrigatoriedade
Da aviltação própria,
Menoscabo que olha com desdém
O amigo do lado,
Sempre paciente perante a impaciência
Depressiva
De tal homem imperfeito,
Pretendendo ser perfeito.

A nostalgia invade
Vetusto cérebro em corpo jovem,
O escopo é visível
Mas inatingível
Por comum mortal cansado
Mentalmente,
Procastinando-o indefinidamente.

Arguto comportamento
Enreda capciosamente,
Sem escrúpulos,
Inocente causa
Que procura mera felicidade,
Essa trivialidade.